quarta-feira, 20 de abril de 2011

Alvo


Eu estava calado quando alguem perguntou
Eu estava nem sei aonde quando escutei
Na maioria das vezes eu poderia falar
Voltar por, ir por, por ir, por voltar

Um longo, longo tempo voltava
E por um longo. longo tempo ficava
Eu estava lá calado
Eu nem sei aonde

Alguem havia perdido alguma coisa
Era dificil de encontrar
Era dificil saber o que era
Na maioria das vezes eu poderia encontrar

Ninguem achava isso muito bom
Voltar ficava ha muito tempo atras
A resposta e o perdido eram dificeis de achar
Eu estava calado nem sei onde

Minha mãe devia saber

Quando eu ficava assim
Eu voltava pra tras
No tempo em que eu não tinha medo
A magia era única

Não existiam questões atormentadoras
Muito menos preocupações
Então a vida parecia bela
Os planos pareciam bons

Os assuntos eram revelados
E a vontade era grande e como era
Eramos pontes moveis
E nada passava despercebido

Eramos baus vazios
E tentavamos encher com algo
Não fechavamos os olhos
Escutavamos e fálavamos bem

Num último aperto de mão
E os ventos nos levaram
Procurava-mos alguma coisa
Ou apenas dava-mos sentido a ela

Minha mãe devia saber

Quando redescobri o que procurava
Não queria ter encontrado
Quando achei o que não queria ter achado
O longo. longo tempo voltava

Procurei pela resposta que me deixava calado
E o longo. longo tempo ficava
Eu deveria ficar nem sei onde
Agora eu saberia falar

Devia deixar sendo dificil de encontrar
Sendo dificil de se achar
Procurava-mos alguma coisa
Ou apenas dava-mos sentido a ela

 Minha mãe devia saber