A recompensa pela vontade - Ensaios

O prazer sobre a vontade

 Aqui digito toda a contrariedade de fato. Aqui desmancho a tradicional filosofia e aplico a regra. A vontade não é o princípio de tudo.
Eis a questão. Que motivo me leva a escrever isso?
 Ora, a vontade poderiam dizer. Entretanto meu raciocínio leva em conta a coesão interna e externa que Kant nos explica. E ao mesmo tempo Schopenhauer que explica como fazemos de nossos dias possíveis.
 A vontade e a coesão estão interligadas e para mim fazem uma junção extraordinária.Eis um exemplo.
 Alguém tem um trabalho a fazer. Então o que faz ele acordar para ir trabalhar? A vontade? Ou sua coesão interna ou quem sabe sua coesão externa? Nessa questão vejo que o prazer não foi exercido, entretanto é o que nos move. A vontade nesse exemplo, configura´se como coesão externa. Você tem um emprego e precisa trabalhar. Por sua vontade você não quer, ninguém trabalharia se pudesse afinal pra que fazer um esforço desnecessário. Necessariamente não precisamos trabalhar, contudo a nova sociedade faz com que isso se faça necessário. Mas, sem vontade não levanta, certo? E se você nos dias atuais o que faria se não trabalhasse? Vai ser difícil viver como nômade ou quem sabe como um homem primitivo. Um povo que não faz parte da sociedade moderna vive sem muito trabalho, pois podemos considerar todo esforço um trabalho. Contudo o trabalho é inevitável. Mas me refiro ao trabalho capitalista onde seu esforço vira dinheiro e com ele você usa para fins específicos. E como estamos englobados nesse sistema o dinheiro que ganhamos é o que nos faz levantar para o esforço, esse esforço resume-se na vontade, entretanto o resultado final ou seja o prazer de ter, realizar, pagar ou até mesmo consumir nos faz continuar em frente a seguir no nosso cotidiano. O prazer revela-se o ápice humano. Fazemos pois necessitamos, essa necessidade nos dá prazer. A vontade nos leva ao prazer e o prazer é o que nos movimenta.
 Fundamentalmente chego a essa conclusão, pois a minha vontade me move, por vezes eu quero, por vezes não quero. De toda forma minha vida coesiva me faz seguir quando minha vontade é nula. Mesmo sendo nula essa minha vontade o prazer que posso sentir é maior e isso é mais significativo. Assim como um cão se sforça por um biscoito e entendemos que é por prazer de se deliciar após seu esforço contendo doses de vontade eu faço pelo prazer que posso sentir no futuro seja ele ruim ou bom. A recompensa pela vontade.